sábado, janeiro 17, 2009

Uma história muito boa

Na semana passada, eu participei de uma encontro com o público na Arena. No dia seguinte, eu recebi um e-mail com uma história muito boa sobre o curta com o Philip Glass. Publico aqui na íntegra:

Olá, Camila
Assisti ao evento na Arena, na sexta feira, e queria, em primeiro lugar, te parabenizar pelos teus trabalhos, gostei muito... Gostaria de ter falado contigo no dia, mas achei que não era algo que interessaria aos demais presentes, e ao final realmente tinha que sair logo. Entretanto, queria te contar essa história, que bem dava um filme (ou pelo menos um conto)!
Bem, trabalho há algum tempo em uma área de intersecção entre dois campos da minha formação: a psicanálise e a música, fazendo algumas atividades com bebês. Portanto, ao comparecer ao evento, o teu trabalho sobre Philip Glass me interessava particularmente. Já ao início, a associação entre os fios de luz e uma pauta me pareceu bastante interessante, pois eu (como acredito que outras pessoas ligadas à música também fazem) desde criança ando pelas ruas distribuindo canções entre postes de luz, usados como barras de compasso. Qual não foi minha surpresa, entretanto, ao ver aquele piano à deriva no Guaíba, pois já o conhecia de outras eras e a cena desvendava um mistério familiar!
Há alguns meses, estava na casa dos meus pais, de onde se tem uma vista espetacular do Guaíba, às voltas com minha filha recém nascida, quando a senhora que trabalha com eles começou a andar pela casa dizendo estar vendo um piano no meio do rio. Depois de ter morado lá quase toda a vida, vimos muitos tipos de barcos e navios passando, além de outras coisas extraordinárias, mas realmente, um piano, nunca. Então, ninguém deu muita bola, achando tratar-se de algo com formato semelhante, ou uma associação qualquer dela, que também convive com o piano da casa há muito tempo. Mas quando levantei os olhos do berço, vi de fato um piano, o teu piano! Aí fui buscar a câmera, que estava lá para fotografar o bebê, a fim de ver melhor, com o zoom, e registrei a passagem do piano, dado o insólito da cena! E o quanto ela estava relacionada ao meu momento... Foi uma pena que não consegui fotografar antes de o piano entrar no Veleiros! Mas as fotos estão, agora, entre outros milhares de fotografias de bebê, e apesar da qualidade e resolução serem baixas, resolvi te enviar, pois duvido que tenhas documentado o documentário deste ângulo da cidade!!!
Abraço
Ana Paula Stahlschmidt




Nenhum comentário: