Descobri o trabalho do Marco Buti meio que por acaso. Recebi um e-mail que ele estava vindo para o Ateliê de Gravura da Fundação Iberê e que eu precisa agilizar o material para colocar no site, fazer convites, essas coisas cotidianas. Abri os anexos e fiquei horas olhando aquelas gravuras. Foi imediato. Meio amor a primeira vista, com o perdão do açúcar da frase. Bateu direto. Senti essas cidades. Vivi essas cidades. Andei por essas cidades. Gostei tanto justamente por ser tão simples e tão urbano. Um tempo depois conheci o artista e fiz uma entrevista com ele. Ele também tem um site e um trabalho de fotografia bem bacana. Mas eu queria mesmo era falar dessas gravuras da série Ir. Uma urbanidade melancólica, linda, um tanto solitária, mas nada triste. Me deu saudades de São Paulo. Me deu saudades de um monte de gente. Lembrei do Jaílton falando sobre umas coisas que o Chico Buarque escreveu. Não lembro o contexto. Mas lembro da frase. "porque é ele. porque sou eu". Sempre é um ver alguma coisa que tem a ver com alguma coisa.
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