domingo, maio 17, 2009

Bô e Nikita

O início foi complicado (ver vídeo de dois posts atrás), mas hoje em dia, eles se adoram!


segunda-feira, maio 11, 2009

Nikita e Bô

Pequeno vídeo do dia em que a Nikita chegou em casa. (foi no final de março)

domingo, maio 10, 2009

La mujer del viajero en el tiempo

Clare: Es duro quedarte siempre atrás. Espero a Henry; no sé dónde está y me pregunto si estará bien. Es duro ser la que queda.

Me mantengo ocupada. El tiempo transcurre más deprisa de ese modo.

Me voy a dormir sola, y sola me despierto. Doy paseos. Trabajo hasta agotarme. Observo el viento juguetear con los escombros que arrastan el invierno hasta la nieve. Todo parece simple hasta que piensas en ello. Por qué la ausencia intensifica el amor?

Hace mucho tiempo los hombres salían al mar, y las mujeres los esperaban, de pie junto a la orilla, escrutando el horizonte para divisar el dominuto barco. Ahora yo espero a Henry. Él se desvanece sin quererlo, de repente. Yo lo espero; y cada momento de esa espera lo percibo como un año, como una eternidad. Cada momento resulta tan lento y transparente como el cristal. A través de cada instante puedo ver infinitos alineados, aguardando. Por que se há marchado a dono yo no puedo seguirlo?

Henry: Que se siente? Qué se siente en la realidad?
A veses es como si tu atención errara durante tan solo un instante. (...)



Esse é o início do livro La mujer del viajero en el tiempo, de Audrey Niffenegger. É uma história de amor, em que Henry tem a capacidade ou incapacidade de viajar no tempo. Ele sempre lembra de tudo o que viveu. A história parece boba, mas é bem legal. Fala sobre espera, sobre entrega, entre outras coisas. Comprei esse livro no ano passado na Fnac em Madri. Eu li esse trecho e não resisti, tive que comprá-lo, mesmo sendo uma tradução do inglês para o espanhol. São aquelas pequenas oportunidades que aparecem e que se a gente não aproveita, já passaram. A autora é uma artista plástica americana. E, talvez o ritmo do livro, dê a idéia do tempo dilatado de uma videoarte, mas que faz todo sentido, porque também ficamos esperando as páginas passarem e as coisas acontecerem, assim como Clare espera Henry.

sexta-feira, maio 08, 2009

um texto

Ela sempre teve fascínio por línguas. Vivia repetindo que talvez fosse possível aprender por osmose. Não no sentido literal, claro. Mas dizia que se morássemos por um período em um país com uma língua muito diferente, só de ouvir e conviver, as relações poderiam ser estabelecidas e tudo ficaria claro.

Esquecer não posso do dia que cheguei com um alcorão. Seus olhos brilharam. Em menos de dois gestos, o livro deixou de ser meu e passou para as suas mãos. Ela olhava cada página com a atenção de quem está decifrando pistas de um tesouro. Aquelas folhas fininhas, delicadamente impressas pareciam ganhar novo sentido em suas mãos. Copiava os desenhos, tentava estabelecer as tais relações.

Decidiu que precisava ouvir alguém recitando as linhas e foi para Omã. Voltou sem palavras. Disse que a osmose não funcionara. E, foi justamente esse o motivo de seu encanto.

terça-feira, maio 05, 2009

Utopia de idiorritmia

"Sem dúvida o problema mais importante do Viver-Junto: encontrar e regular a distância crítica, para além e para aquém da qual se produz uma crise".

"A tensão utópica - que jaz no fantasma idiorrítmico - vem disto: o que é desejado é uma distância que não quebre o afeto ("pathos das distâncias: excelente expressão). (...) Alcançaríamos, aqui, aquele valor que tento pouco a pouco definir sob o nome de "delicadeza" (palavra um tanto provocadora no mundo atual). Delicadeza seria: distância e cuidado, ausência de peso na relação, e, entretanto, calor intenso dessa relação. O princípio seria: lidar com o outro, os outros, não manipulá-los, renunciar ativamente às imagens (de uns, de outros), evitar tudo o que pode alimentar o imaginário da relação = utopia propriamente dita, porque forma do Soberano Bem".

Dois trechos do livro Como viver junto, do Barthes. Achei tudo bem interessante.